quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Poesia: Batida pouca


Sei que promessas de amor são ridículas

E que todos os juramentos caem no chão

Sei que somos pessoas racionais e adultas

E que nada que digo será refrão de balada

Sei que toda paixão será castigada

E que poucos terão casinhas no céu

Sei que acertar seria demais

E que nos erros seguimos com o mundo

Mesmo assim, mesmo vendo tudo o que acontece

Com olhos tranquilos de poucos problemas

Não saberia dizer, racional, que meu amor é seco como o chão

Sei que meus resmungos não se ouvem depois da serra

E que o olhar pidão só aparece na foto

Sei que juntar os pedaços demora mais do que parece

E que poucos aparecem para ajudar na colheita da dor alheia

Mesmo assim, mesmo sem ter uma razão

Com contas e casos e calmarias

Não poderia viver, afinal, sem o que me diz surdo e grave embaixo do peito

Um comentário:

  1. muito bacana. você deveria escrever mais poesia! eu também tenho um blog agora: viviandemoraes.blogspot.com. beijos e boa sorte nos concursos!

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