quarta-feira, 20 de julho de 2011

Imprensa marrom e yellow press....


Seguindo com o Le blog, catando assuntos como quem não quer nada, uma hora faço um blog específico de alguma coisa, no momento tenho apenas este que fica como escrita freestyle, ok? Segue o coletivo, e vamos indo.

Tablóides ingleses fazem escândalo sobre escândalos envolvendo...tablóides ingleses. Pois é, mais uma vez a discussão é sobre a ética jornalística, mas vamos cortar em pedacinhos este assunto: ética vale para toda a sociedade, não só para um determinado grupo, e temos atitudes antiéticas na política, no jornalismo, na construção civil, no truco, a lista é longa, fora que existe uma diferença entre a ética e a moral, a primeira sendo mais geral do que a outra que é mais específica e ligada à formação de cada pessoa e tal.

A gente acaba se confundindo com os termos, mas no fim o resuminho seria: procure não fazer bestagem. Enfim, temos de procurar sermos pessoas éticas, não porque determinado deus pode criar um castigo divino ou por medo de punição terrestre, mas porque é uma coisa certa a se fazer, simples.

No caso do tablóide britânico, as escutas já entram na categoria de crime, por terem sido feitas ilegalmente, e ainda por cima, em um caso de seqüestro de uma jovem, jornalistas apagavam a caixa de mensagens de voz do celular da menina para receber novas mensagens, e assim a polícia e os familiares achavam que ela ainda estava viva.

Além de atrapalhar as investigações (crime), foi uma completa falta de sensibilidade humana, tudo em nome de alimentar este animal feroz chamado “audiência”, que podem ser leitores, telespectadores, o que seja.

Estamos regredindo moralmente, se é que tivemos algum progresso. Atrás de tudo isso, a ideia cada vez mais difundida da notícia como espetáculo para entreter. A notícia é sim um produto a ser comercializado, deixei faz tempo a noção vã de que a imprensa é uma instituição quase sagrada, com seus repórteres Clark Kent em armaduras brilhantes. É uma empresa, com contas a pagar e que envia informação transformada em notícia para venda. Mas sempre existiram limites éticos, porém a dura pressão de resultados deixa o jogo insano.

Um atleta de ponta costuma não ter na realidade uma boa saúde, pois para manter seus resultados ele tem de obrigar o próprio corpo a uma rotina realmente desumana de treino, e se fosse realmente bom para a saúde os atletas não se aposentavam tão cedo da carreira esportiva e adquirem tantas lesões.

Na imprensa, é a audiência que resulta em renda de patrocínio que é a rotina desumana. Um apresentador como o Faustão mantém atualizado o Ibope do programa dele durante uma apresentação ao vivo, normal, ele está no campo do entretenimento. Mas isto cada vez mais é comum para apresentadores de telejornais, principalmente para os que usam do setor policial, a famosa “TV mundo cão”. Algo começa a ficar muito errado.

Para quem quer ter um aprofundamento maior, sugiro o site “observatório da imprensa”, local para a reflexão da função da imprensa, até mais, a gente se vê um dia desses.

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