terça-feira, 12 de julho de 2011

Skinheads e o ódio nosso de cada dia...


E vamos com o Le blog, tentando achar uma pauta para esta semana. Não tenho uma vida realmente glamourosa (#fato) para dizer que fui semana passada para algum lugar incrível, ou coisa correlata, segue o texto...

Pra variar apareceram de novo os skinheads e sua galerinha da pesada fazendo altas confusões (sessão da tarde mode on). É lamentável, principalmente em um país como o Brasil, termos ainda este povo que pratica o ódio às diferenças como forma de expressão.

Eu tenho a teoria de que como a pessoa (costumam ser jovens) não conseguiu formar uma boa auto-imagem e fica com a auto-estima baixa por várias razões, ela acaba por fazer parte de alguma organização assim para compensar, o pensamento seria: “bom, eu sou um completo perdedor, mas em um grupo eu sou o cara...”, vale para torcidas organizadas ou para grupos que exigem esta entrega da individualidade, porque por mais que digam que fulano está em tal grupo para ser diferente, ele acaba com o mesmo “uniforme” daquele grupo, portanto cadê a individualidade? E como assim raça superior?

Primeiro: raça apenas uma, a humana, quem tem raça é cachorro e cavalo, e paramos por aqui. Depois não dá para considerar uma pessoa inferior a outra por ela morar em outro local, ou alguma coisa assim.

É mostra de grande imbecilidade fazer generalizações como “todos os gays são pervertidos”, “nordestino não gosta de trabalhar”, ou coisas idiotas assim. Claro que temos boas e más pessoas em todos os grupos, mas por serem pessoas, não por uma diferença geográfica, sexual ou pela cor da pele.

Daí vem um dizer “ah, mas temos de também mostrar nosso orgulho, porque existe orgulho negro, orgulho gay, e por que não orgulho branco cristão heterossexual?” Porque o branco cristão heterossexual não tem do que se orgulhar, eu como branco e heterossexual sei que vários como eu mataram, mutilaram, estupraram e destruíram outras civilizações e outros grupos por 6 mil anos, e mantiveram metade da humanidade (mulheres) em uma condição de sub-espécie durante todo este tempo. É algo para se ter orgulho? Holocausto é para se orgulhar e falar para as crianças estufando o peito de alegria?

É para dizer com grande orgulho para os netinhos que nossos antepassados mataram mais de 20 milhões de indígenas nas Américas, capturaram e usaram como objeto 15 milhões de africanos por 300 anos e que ainda hoje um cara gay pode ser covardemente linchado na rua por um grupo idiota de jovens homens cristãos brancos heterossexuais apenas porque aquele gay quer existir?

Pois é, tenho opinião sobre este assunto sim. Mas uma coisa mais perigosa do que um bando de meninos com testosterona não usada se batendo por aí são os que atrás de uma cara e postura totalmente “normal” pode declarar que eugenia e coisas assim pode ser uma coisa boa.

Eu pessoalmente tomei um enorme susto quando um conhecido meu, de ótimo nível intelectual/social, como diriam os repórteres policiais “acima de qualquer suspeita”, em uma conversa anos atrás estava me falando das “coisas positivas de Hitler e do Nazismo”. Na hora quase me engasguei com a cerveja... Mas passei batido, deixei pra lá e faz tempo que não o vejo, mas aquilo na hora me fez acender um alarme, para se aprofundar sobre o assunto recomendo o ótimo filme “A Onda”, bom, é isto aí, desculpa o tom da postagem desta vez, a gente se vê, até um dia desses.

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