sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Concursos...


Isso aí, mais uma semana, ou um mês, sem fazer postagem... Se eu vivesse disso estava ferrado, hehehe... Mas, vamos seguindo com Le blog, só pra variar.

Voltei a me preparar para concursos de novo. Sim, eu sei, já passei em um e estou trabalhando no poder público, mas deu vontade de continuar e fazer algo mais para o meu campo de atuação. Sou a favor de mais concursos, apesar de sempre ter gente que fica com o papinho de “ah, vai inchar mais ainda o funcionalismo público, é para politicagem, é um gasto a mais para o contribuinte, blábláblá...”. Mas, vamos colocar em partes.

No concurso, pelo menos nos sérios, não existe a cultura “toma-lá-dá-cá”, a pessoa não entra no cargo porque ajudou fulano na eleição, ou é “amigo pessoal” (perdão pelo termo horroroso), cunhado, ou coisa que o valha. Claro que temos que retirar da conta os concursos de carta marcada ou então os que só chamam as pessoas que interessam, eu sofri coisa assim no concurso para a câmara de Itapeva, mas deixa para lá.

O concursado entrou no poder público depois de uma prova comprovando que possui conhecimento suficiente para exercer aquela função, fora os concursos que exigem determinada formação de ensino técnico ou superior. E o Brasil nem é o país com uma percentagem maior de funcionalismo público em relação ao total de população.

Creio que o problema maior é o excesso de “mordomias” que cargos comissionados, e principalmente os cargos eletivos, acabam recebendo. Isso acaba gerando a figura do político profissional, aquele que procura ser eleito não para trabalhar por um governo e uma sociedade melhor, mas para aumentar seu padrão econômico ou para mantê-lo. O concursado costuma (em média) pensar mais na parte da estabilidade financeira, mas tem também o compromisso social, de fazer melhor para uma sociedade. Pois é, peguei de novo a boininha do Che e tasquei na cabeça, companheiros, hahahaha.....

Bom, para quem está na correria atrás de concurso, um site ótimo para isso: pciconcursos, bem organizado, atualizado e principalmente é gratuito, ajuda muito. Era para eu montar mais um assunto, mas este ficou gigante, e não sou celebridade “internética” para garantir que o pessoal que tropeça aqui no Le blog leia estas minhas abobrinhas até o fim.... Até um dia desses.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Poesia: Batida pouca


Sei que promessas de amor são ridículas

E que todos os juramentos caem no chão

Sei que somos pessoas racionais e adultas

E que nada que digo será refrão de balada

Sei que toda paixão será castigada

E que poucos terão casinhas no céu

Sei que acertar seria demais

E que nos erros seguimos com o mundo

Mesmo assim, mesmo vendo tudo o que acontece

Com olhos tranquilos de poucos problemas

Não saberia dizer, racional, que meu amor é seco como o chão

Sei que meus resmungos não se ouvem depois da serra

E que o olhar pidão só aparece na foto

Sei que juntar os pedaços demora mais do que parece

E que poucos aparecem para ajudar na colheita da dor alheia

Mesmo assim, mesmo sem ter uma razão

Com contas e casos e calmarias

Não poderia viver, afinal, sem o que me diz surdo e grave embaixo do peito

Croniquinha: Copyrights, imortalidade...

E mais uma do le blogue, agora mais animado a escrever, finalmente as maiores correrias do serviço passaram, mucha lucha, hermano.....

Agora que eu vi que algumas imagens que eu coloco no começo das postagens sumiram. Como eu não tenho a pretensão de ganhar dinheiro com le blogue, considerei que não ia ter problema puxar umas imagens para dar uma ilustrada nos textos, mas hoje tudo é na base do dinheiro....

E tem de respeitar o copyright, beleza, muitos amigos & conhecidos meus ganham dinheiro através da criação artística, a forma de trabalho mais atacada pela pirataria e falta de respeito com a criação alheia. Mas, e sempre tem um mas no mundo, quem trabalha com arte sabe que tudo vem de alguma referência.

Lembrei agora da referência que os pintores impressionistas tinham com as xilogravuras japonesas que vieram à Paris junto com as porcelanas e peças de laca importadas, não havia obviamente um colar e copiar direto, mas a forma que os pintores japoneses tinham de pintar o cotidiano com cores fortes e vibrantes foi inspiração de muito impressionista.

Hoje a gente vê muito disso nos “memes”, uma imagem simples, modificada várias vezes de várias formas em colaborações espontâneas. Claro que o criador da primeira imagem do Forever Alone ficaria rico com os direitos de imagem caso cobrasse, mas isso acabaria engessando a criação correlata.

Opinião pessoal: sim, o artista tem de receber pela criação, mas deve haver uma melhor discussão sobre os direitos da arte, para evitar o vale-tudo sem fronteira nem direitos, mas também para permitir mais trabalhos colaborativos. Em tempo: este blog permite a reprodução parcial ou total das barbaridades escritas aqui, desde que seja citado o autor das insanidades, hehehe....

Mudando o assunto, vai aqui um brainstorming dos que tenho regularmente com o artista local, o EdyJô. Pintor/escultor bom pra caramba, e também um dos melhores papos que tenho fora do serviço.

Depois de um expediente chafurdado no rame-rame administrativo e político, é ótimo ter este tempo para uma conversa boa. E em uma das conversas, imortalidade entrou na pauta. Com tantas melhorias médicas, pesquisas e afins, em um futuro o final da vida poderia em teoria ser uma opção da pessoa.

Mesmo sabendo que é um assunto chato de lidar, eu sou favorável que a existência tenha um término, e explico-me. Somos um dos poucos seres vivos nesta terrinha que temos a consciência do próprio fim, e mesmo causando uma angústia enorme em muitos, tem de pensar que isso é um impulso também. Não estou falando de “ah, tem um terreninho pro céu pra mim”, é saber que tem de fazer as coisas aqui, e temos um prazo, que não pode ser revogado.

Claro que vemos tantas pessoas boas indo tão jovens, enquanto tantos canalhas continuam bem de saúde, só com alguns cabelos brancos disfarçados pela química capilar moderna. E que a “indesejada” não é justa, afinal ela é um fato natural, não se julga o ato moral da erupção de um vulcão, vulcões soltam lava porque são assim, pessoas morrem porque estão vivas (sim, momento Capitão Óbvio nível máximo, hahaha).

Resumindo, eu sigo na convicção que ok ter uns aninhos a mais para alguma coisa a se fazer, quem sabe ir para outra cidade encontrar o grande amor da vida, ou então pular de pára-quedas, ou comer um sanduíche de mortadela, mas querer ser eterno apenas pelo medo do que possa ter do outro lado da cerca – viva, é gasto sem razão. Bom, indo nessa, até outro dia.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Conto: Loop


Sempre às sete da manhã, o celular toca o alarme. E sempre o MP3 pirata que ele achava legal seis meses atrás, e hoje odeia a música. Um pop dançante que fazia recordar as festas de sábado, mas agora na hora ele lembra “merda, eu acordo com esta bosta tocando”. “Agradeço ao japonês preguiçoso que inventou a tecla sleep...”, e ele deixa mais 15 minutos de meio-sono, meio-acordado até tocar de novo, e de novo ele ficar com raiva de um rapper americano que hoje deve ganhar muito com esta música, tirando é claro os MP3 piratas baixados por aí.

Depois tudo vira uma sequência de filme mudo: ligar tevê para as notícias, café, cigarro (sempre para largar), roupa para o trabalho, banheiro e todos os cuidados pequenos, conferir os bolsos, carteira, chaves, desligar tudo, deixar comida para o cachorro, ir para o trabalho. Visto de fora, uma pessoa atarefada, ocupada com o presente, com as responsabilidades de adulto em dia. Por dentro, não, tem algo fora do lugar.

Mas, é dia de serviço. No horário, encontrar papéis que esperaram uma noite de reencontro para serem finalmente catalogados, carimbados, registrados e depois destas experiências agitadas, os papéis ainda um pouco zonzos vão descansar em arquivos junto com outros papéis. As contas simples e palavras difíceis oficiais vão sendo feitas e arquivadas, para tudo um lugar, um número, um espaço a ser criado e depois a tudo guardar, estocar, armazenar para um juízo final sem data definida.

Neste mundo seco e plano de papel, o corpo desconfortável e fora de peso se mantêm na base de café e pensamentos sem açúcar, com um monitor na frente, a cadeira segurando no lugar tudo o que fica inadequado.

Corre o dia, mas horas são coisas que aparecem no relógio no pulso direito, deixa assim por costume, e sabe que é visto diferente por viver num mundo de relógios no pulso esquerdo.

5 minutos de redes sociais são vistas, descobre um babaca, tenta lembrar porque adicionou, descobre que foi o referido panaca que queria acompanhar a vida dele para comparar e se achar melhor, resolve bloquear, “vida real deveria ter umas opções assim”, e segue com pensamentos de dois cliques.

Agora a conversa leve da empresa é sobre ração humana, pensa em comida para zumbis, tem de parar de jogar tanto videogame. E ao fundo, música calma para manter a produtividade, sente pequena vontade de matar o cara dos recursos humanos que inventa idiotices assim, mas o homicida interno é facilmente controlável, vai ficar fora das estatísticas.

No fim do dia, descobre o incômodo: está sonhando, e vai acordar daqui a 10 minutos com aquela musiquinha desgraçada no celular.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Amy e o extremista interno...


E vamos com o Le blog, eu tento passar um tempo sem escrever, quietinho no canto fazendo conta e acertando patrimônio, mas não tem jeito, chega a vontade de soltar texto e segue La pelota.

Quase ao mesmo tempo, duas notícias que mexeram o fim de semana de muita gente, o massacre da Noruega e a saideira de Amy Winehouse. Tristezas que o mundo joga via satélite em cima da gente e temos de engolir junto com o café sem pão.

Antes de começar esta postagem, estava prometendo a mim mesmo não fazer comentários sobre estes assuntos, estão sendo devidamente escarafunchados pela imprensa, principalmente a morte da Amy, mas sabe como é, não deu, vamos separar os assuntos.

No caso da Noruega dei uma de Mãe Dinah e fiz uma postagenzinha anterior falando dos extremistas da “supremacia da raça superior” (bleargh).

Como falei, o que me assusta não são tanto um bando de moleques que praticamente carregam um cartaz dizendo: “eu odeio tudo o que não considero ‘raça pura’ e vou arrebentar com meu grupinho quando eu estiver em vantagem de maioria”, o pior são os ódios invisíveis.

Sempre me vem na mente que todos os partidos de extrema direita que governaram países foram na maioria apoiados pela classe média, esta parte da sociedade sem um rosto tão definido como uma real elite ou uma classe trabalhadora.

Eu costumo flanar (verbo antigo....) pela internet em fóruns e sites que em alguns casos você não precisa se identificar ou deixa uma identidade virtual falsa (um fake). E nestes locais de anonimato, muito rancor e ódio fermentam, e vi não poucos apoiando o massacre da Noruega.

Mesmo doentio, alguns consideram o ato uma forma de heroísmo, “ele fez alguma coisa para resolver este problema (!)”, foi o que já ouvi. Mundo louco, mundo muito louco.

E o tchau da Amy... De começo não senti tanto, sim leitor, posso manter uma sensibilidade felina, como o seu gato de estimação que você passa 3 minutos falando dos seus problemas para ele e ele nem mia.

Mas começando a ver mais o trabalho da moça, que não era muito a minha praia musical, sabendo que ela era compositora da maioria das músicas, coisa que desconhecia, achava que ela era apenas intérprete, fui descobrindo que muito se perdeu.

Sim, ela se estourou nas drogas, perto do fim mal fazia shows, ou eram mais para freak show em que o pessoal esperava a hora que ela caísse do palco. Mas ela não era uma coisa fabricada e planejada para o gosto pop, ela tinha algo realmente pessoal para falar, e respeito muito isto no artista.

E não vou cair no papinho manjado de “ah, os artistas precisam das drogas para a criatividade fluir”. Grande maioria das pessoas que exageram em alguma coisa que mexe com o consciente (álcool, maconha, o que seja) costuma não fazer nada realmente produtivo.

Na verdade a probabilidade de fazer merda, além de artisticamente, é bem maior. Droga é uma escapatória de uma realidade que às vezes é muito áspera e pesada, mas ela cobra preços altos por estes pequenos paraísos macios e feitos de vapor. Tá, saiu meio moralismo babaca, mas é o que penso.

É, semana começa meio barra, mas os sobreviventes sempre prosseguem, é o que devemos fazer pra variar... Até um dia desses.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Imprensa marrom e yellow press....


Seguindo com o Le blog, catando assuntos como quem não quer nada, uma hora faço um blog específico de alguma coisa, no momento tenho apenas este que fica como escrita freestyle, ok? Segue o coletivo, e vamos indo.

Tablóides ingleses fazem escândalo sobre escândalos envolvendo...tablóides ingleses. Pois é, mais uma vez a discussão é sobre a ética jornalística, mas vamos cortar em pedacinhos este assunto: ética vale para toda a sociedade, não só para um determinado grupo, e temos atitudes antiéticas na política, no jornalismo, na construção civil, no truco, a lista é longa, fora que existe uma diferença entre a ética e a moral, a primeira sendo mais geral do que a outra que é mais específica e ligada à formação de cada pessoa e tal.

A gente acaba se confundindo com os termos, mas no fim o resuminho seria: procure não fazer bestagem. Enfim, temos de procurar sermos pessoas éticas, não porque determinado deus pode criar um castigo divino ou por medo de punição terrestre, mas porque é uma coisa certa a se fazer, simples.

No caso do tablóide britânico, as escutas já entram na categoria de crime, por terem sido feitas ilegalmente, e ainda por cima, em um caso de seqüestro de uma jovem, jornalistas apagavam a caixa de mensagens de voz do celular da menina para receber novas mensagens, e assim a polícia e os familiares achavam que ela ainda estava viva.

Além de atrapalhar as investigações (crime), foi uma completa falta de sensibilidade humana, tudo em nome de alimentar este animal feroz chamado “audiência”, que podem ser leitores, telespectadores, o que seja.

Estamos regredindo moralmente, se é que tivemos algum progresso. Atrás de tudo isso, a ideia cada vez mais difundida da notícia como espetáculo para entreter. A notícia é sim um produto a ser comercializado, deixei faz tempo a noção vã de que a imprensa é uma instituição quase sagrada, com seus repórteres Clark Kent em armaduras brilhantes. É uma empresa, com contas a pagar e que envia informação transformada em notícia para venda. Mas sempre existiram limites éticos, porém a dura pressão de resultados deixa o jogo insano.

Um atleta de ponta costuma não ter na realidade uma boa saúde, pois para manter seus resultados ele tem de obrigar o próprio corpo a uma rotina realmente desumana de treino, e se fosse realmente bom para a saúde os atletas não se aposentavam tão cedo da carreira esportiva e adquirem tantas lesões.

Na imprensa, é a audiência que resulta em renda de patrocínio que é a rotina desumana. Um apresentador como o Faustão mantém atualizado o Ibope do programa dele durante uma apresentação ao vivo, normal, ele está no campo do entretenimento. Mas isto cada vez mais é comum para apresentadores de telejornais, principalmente para os que usam do setor policial, a famosa “TV mundo cão”. Algo começa a ficar muito errado.

Para quem quer ter um aprofundamento maior, sugiro o site “observatório da imprensa”, local para a reflexão da função da imprensa, até mais, a gente se vê um dia desses.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Skinheads e o ódio nosso de cada dia...


E vamos com o Le blog, tentando achar uma pauta para esta semana. Não tenho uma vida realmente glamourosa (#fato) para dizer que fui semana passada para algum lugar incrível, ou coisa correlata, segue o texto...

Pra variar apareceram de novo os skinheads e sua galerinha da pesada fazendo altas confusões (sessão da tarde mode on). É lamentável, principalmente em um país como o Brasil, termos ainda este povo que pratica o ódio às diferenças como forma de expressão.

Eu tenho a teoria de que como a pessoa (costumam ser jovens) não conseguiu formar uma boa auto-imagem e fica com a auto-estima baixa por várias razões, ela acaba por fazer parte de alguma organização assim para compensar, o pensamento seria: “bom, eu sou um completo perdedor, mas em um grupo eu sou o cara...”, vale para torcidas organizadas ou para grupos que exigem esta entrega da individualidade, porque por mais que digam que fulano está em tal grupo para ser diferente, ele acaba com o mesmo “uniforme” daquele grupo, portanto cadê a individualidade? E como assim raça superior?

Primeiro: raça apenas uma, a humana, quem tem raça é cachorro e cavalo, e paramos por aqui. Depois não dá para considerar uma pessoa inferior a outra por ela morar em outro local, ou alguma coisa assim.

É mostra de grande imbecilidade fazer generalizações como “todos os gays são pervertidos”, “nordestino não gosta de trabalhar”, ou coisas idiotas assim. Claro que temos boas e más pessoas em todos os grupos, mas por serem pessoas, não por uma diferença geográfica, sexual ou pela cor da pele.

Daí vem um dizer “ah, mas temos de também mostrar nosso orgulho, porque existe orgulho negro, orgulho gay, e por que não orgulho branco cristão heterossexual?” Porque o branco cristão heterossexual não tem do que se orgulhar, eu como branco e heterossexual sei que vários como eu mataram, mutilaram, estupraram e destruíram outras civilizações e outros grupos por 6 mil anos, e mantiveram metade da humanidade (mulheres) em uma condição de sub-espécie durante todo este tempo. É algo para se ter orgulho? Holocausto é para se orgulhar e falar para as crianças estufando o peito de alegria?

É para dizer com grande orgulho para os netinhos que nossos antepassados mataram mais de 20 milhões de indígenas nas Américas, capturaram e usaram como objeto 15 milhões de africanos por 300 anos e que ainda hoje um cara gay pode ser covardemente linchado na rua por um grupo idiota de jovens homens cristãos brancos heterossexuais apenas porque aquele gay quer existir?

Pois é, tenho opinião sobre este assunto sim. Mas uma coisa mais perigosa do que um bando de meninos com testosterona não usada se batendo por aí são os que atrás de uma cara e postura totalmente “normal” pode declarar que eugenia e coisas assim pode ser uma coisa boa.

Eu pessoalmente tomei um enorme susto quando um conhecido meu, de ótimo nível intelectual/social, como diriam os repórteres policiais “acima de qualquer suspeita”, em uma conversa anos atrás estava me falando das “coisas positivas de Hitler e do Nazismo”. Na hora quase me engasguei com a cerveja... Mas passei batido, deixei pra lá e faz tempo que não o vejo, mas aquilo na hora me fez acender um alarme, para se aprofundar sobre o assunto recomendo o ótimo filme “A Onda”, bom, é isto aí, desculpa o tom da postagem desta vez, a gente se vê, até um dia desses.

domingo, 10 de julho de 2011

Momento "escritores que batem um bolão"


Neste intervalo entre uma postagem e outra, lembrei de um texto absurdamente bonito de João Cabral de Melo Neto. Aproveite e até uma nova postagem minha.

O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.

O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.

O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.

O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.

Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.

O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.

O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.

O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.

O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.

O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.

O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.


sábado, 2 de julho de 2011

Política, Buarquismos...

E vamos seguindo com o Le blog, este instrumento para elucubrações públicas sobre assuntos variados, traduzindo, este cantinho pra ficar falando abobrinhas pra quem a gente conhece e não conhece (eu vi nas estatísticas do blog um acesso da Argentina, caraca)...

Sim, continuo aqui na área administrativa da Casa de Leis de minha cidade. Pouca gente, bastante trabalho, mas costuma ser suave na maioria dos dias, tirando o dia da sessão ordinária, que temos de preparar o “palco”, acertar as coisas, deixar tudo arrumado para o trabalho legislativo.

Uma coisa que entristece um pouco é a falta de participação do pessoal da cidade em acompanhar o que o vereador está fazendo. Fato nacional: é quase um esporte falar mal de política e de políticos, mas acompanhar mesmo, só uma pequena parte faz isso. Daí acontece o que a gente vê por aí na maioria dos casos: no poder público a área técnica é ocupada por amadores, e a área política é formada por profissionais, salvo honrosas exceções que os concursos corrigem.

O pessoal aparece aqui na câmara na maioria das vezes para pedir alguma coisa ou por causa de alguma lei que atinge diretamente determinado grupo. Isso me lembra uma das propagandas do Tiririca, que perguntava para o eleitor o que um deputado faz, pois é, depois o palhaço é ele...

Enquanto a gente ficar interessado em política só para garantir o nosso, não adianta depois ficar reclamando da classe política, é como um pai segurando um copo de uísque na mão falando que o filho bebe demais.

Bom, era pra ser um Le blog com um tanto de humor, já que eu sou “um pouco” palhacildo (hehe), mas considero isto uma coisa séria, logo fica meio sem graça a postagem, perdão, qualquer coisa entra no site do Não Salvo e sem erro...

Bom, vamos mudar o tema, já completei minha cota mensal de textos chatos, eu acho. Está para surgir o CD novo do Chico Buarque.

Para o pessoal mais novo, CD era aquele disquinho que a gente comprava na loja para ouvir música, mais moderno que o LP, que não vou explicar por ser realmente bem antigo, e começou a me dar artrite nos dedos e nasceram 3 fios de cabelos brancos só de lembrar que eu usava isso....

E o seu Chico resolveu, ou a turma da gravadora resolveu por ele, a usar a net como local para divulgar o novo trabalho, colocando algumas músicas disponíveis na rede e talz. O legal foi a reação do Chico sobre os trolls da net, esqueceram de avisar ele sobre o povo que usa o teclado como armamento pessoal (COM CAPS LOCKS), e que devem ter escrito nos comentários do clip aqueles textos líricos e cheios de sentimento como “ESSE MALDITO VENDIDO DO PT JÁ DEVIA ESTAR NA COVA!!!!”.

Mas Chico levou na boa e morreu de rir dos odiadores profissionais, um senhor como ele não faria como um BBB da vida e ficaria participando dos mimimis dos trolls tentando responder só para ganhar atenção, eu vi dia desses no twitter uma panicat fazendo isso, respondendo um troll só para aparecer, como diria o filósofo seu Omar, “trágico”. Simplesmente o cara não precisa disso.

Sim, eu gosto de Chico Buarque, acho legal, e convenhamos, quer o que como assunto de Youtube, ele ou algum menino falando de mamilos? (procure “assunto polêmico” que vai saber do que estou falando). Bom, estou indo nessa, fim de semana chegando, e vou dormir pra caramba, já que sou um senhor de idade que ouve Chico Buarque, hahahaha... Até um dia desses.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Hackers, idades...


E segue Le blog com sua profunda análise sobre o...o que mesmo? Bom, segue Le blog e vamos ver o que este troço vai dar, hehehe...

Notícia da semana foram os ataques hackers sobre sites do governo, uma entidade chamada Luzlsec derrubou uns servidores do governo federal e deu umas mexidas em páginas iniciais de outros, e pronto, começa o mimimi em cima da liberdade da internet, que isto não pode, assim não dá, chama o Datena e vamos moralizar esta bagaça.

De início, peço desculpas aos conhecedores reais de computação, pois eu sou nível básico n00b de informática, desculpas pedidas, segue o texto.

Duas coisas sobre isto: deve ter ainda gente na área do governo que ainda clica em cima de banner que diz que você é o sei-lá-o-que ganhador de um prêmio, pois gente que sabe mesmo de informática que eu conversei disse que estes “ataques” até um n00b feito eu faria.

Segundo, não é um movimento de um partido ou ideologia, cara hacker de verdade é contra estas paradas de controle de uma liderança, só se o cara tiver uma guilda ou ally de jogo MMORPG, mas mesmo assim porque a liderança de lá sabe mesmo o que fazer no joguinho, não costuma rolar votação.

Enfim, ficam culpando a conseqüência e não olham para as causas, como a falta de diálogo real com boa parte da população, que no fim das contas é quem paga a mordomia do poder público, e ter sistemas de defesa virtual em TI governamentais que servem pra nada.

O problema não é um grupo de nerds que gostam de divulgação fazendo umas palhaçadinhas nos sites do governo, o pior são os que estão no lado negro da força (crackers) que podem roubar e fazer um real terrorismo virtual, estes não fariam manifesto.

Agora que arrombaram a porta só de zueira o governo poderia ser menos n00b e arranjar um firewall decente pra variar.

E faço mais um aniversário. Edaí.com.br? Pois é, com o tempo os aniversários viram mais um dia, não é algo triste, mas fato da vida, depois de certa idade fazer aniversário deixa de ser o super dia de sua vida, faz falta ganhar bonequinhos dos Comandos em Ação, hahaha...

O difícil dos aniversários é o balanço do que fez ou deixou de fazer entre um ano e outro, como meu “niver” (vá lá, vou usar isso) é no meio do ano, eu costumo fazer dois balanços pessoais, um agora e outro no dia 31 de dezembro.

E crianças, não é uma coisa bonita de se ver ao ficar de frente com sua consciência se ela for extremamente autocrítica...Bom, esta postagem saiu meio no chute, na próxima eu pioro, hahaha... até outro dia seus lindos, rs.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Gente feia e bonita, mmo...


Era para eu parar por um belo de um tempo de postar no le blog, e quase ninguém lê mesmo, portanto não recebo encheção para ficar escrevendo, o anonimato tem destes prazeres, hehehe. Mas como está um tédio este feriadón e lembrei um assunto em pauta pra soltar aqui, que se dane, vou escrever.

Fui dar uma conferida no site de relacionamento beautiful people. Quem quiser é só tascar beautifulpeople.com que vai achar fácil. Eu soube deste site tempos atrás, que só aceitava quem fosse bonito através de uma votação interna e talz, logicamente não me cadastrei, tenho espelho em casa sim, e buena, segue a vidinha.

Nestes dias surgiu a notícia de um vírus chamado Sherek que permitia a entrada de pessoas “visualmente desfavorecidas” (politicamente correto mode on). E dá-lhe comentários sobre isso, que é panelinha escrota isto de só ter gente considerada bonita por votação, e o blablabla tradicional na arena virtual.

Antes de tudo, vamos ao fato real, vida real: beleza faz diferença sim. Pessoas são mais atentas e atenciosas a quem é considerado bonito, apesar da beleza ser um conceito gigantescamente subjetivo. Quem é bonito sabe disso desde cedo, e feios também, esqueça este papinho de “ah, importante é o interior, e blábláblá...”, no começo você não vai conhecer os argumentos de uma pessoa, vai fazer aquele escaneamento básico de cima a baixo, e vale para ambos os sexos.

Depois é que aparecem as diferenças entre embalagem e conteúdo, mas de início quem está com melhor apresentação leva vantagem, mundo injusto, mas real.

Claro que nesta hora surgem os estereótipos e vingancinhas dizendo para os outros e outras: “ah, ela deve ser burra, ele deve não gostar de mulher”, que é a forma de buscar compensação. Mas tem um dos ditados que valem a pena por ser verdadeiro: “eu não sou feio (a), sou pobre”. Realmente, manter ou melhorar uma aparência exige tempo e dinheiro, falar que é boa genética é conversa.

Por sorte a sociedade mudou bastante, tem mais coisas que contam como fator de sedução além de uma proporção áurea no rosto e corpo, sem contar que os feios precisam compensar este handicap sendo mais interessantes em outras coisas do que beleza, e quem está falando isso é um feinho, viu moça bonita que está lendo o le blog? Hahahahah....

Mudando o assunto, por causa das correrias do serviço estou praticamente parado no meu mmo favorito, o Ikariam.

MMO (massive multiplayer game) é todo jogo que tem um monte de gente na internet participando, vale desde os joguinhos mais viciantemente bobildos de colher melancia ou coisa assim até aqueles com gráficos absurdamente cheios de coisas piscando ao mesmo tempo e que a molecada passa horas na lan house se matando pra conseguir subir de nível pegando a sei-lá-o-quê-super-arma-especial.

Aviso que isto costuma te tirar uma pancada de tempo, mas é mais divertido do que ficar na frente do videogame, afinal você encontra gente de todo o mundo, e acaba acontecendo coisas mais incríveis que novela das oito do Manoel Carlos, hehehe...

Para quem resolver começar a mexer nisso, recomendo o mmojogos.com.br, tem um ranking dos mais conhecidos, e coisa e tal. Mais algumas recomendações: a média de idade não é alta, logo alguém te chamará de “tio” se você tiver mais de 20 anos; é como mundo real, encontrará gente muito legal e outras nem tanto, cuide de sua senha de jogo e siga a recomendação da mamãe de não sair falando de tudo com estranhos (principalmente do seu mundo real, como endereço ou coisas assim); será sempre chamado de noob na maioria dos jogos, é o jargão para os iniciantes, e um tipo de provocação, coisa besta, do tipo “seu bobo”; mulheres, preparem-se para muitos chavecos furados e misoginias do tipo “só podia ser mulher pra jogar deste jeito”, jogos de computador ainda é um território meio machinho, apesar de boas mudanças. Bom, indo nesta, até outro dia.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Livros, conspirações, ufos...


Isso aí pessoal, agora vai demorar legal para eu aparecer com texto aqui no Le blogue, além de férias de colegas de trabalho provavelmente vou ter de pegar o serviço de mais uma colega de trabalho que irá ter seu filho em agosto, bom, faz parte, segue a rima...

Neste meio-tempo em que tive de ficar atochado na recepção, deu para colocar a leitura em dia. O problema de recepa é que sem ninguém chegando ou ligando, você fica com um tempo meio morto, mas tem de ficar no posto, porque é fato: no momento em que você resolve tomar um café, o telefone da recepção toca, hehe.

Mas daí como andei encomendando uns livros, passei a ter um certo tempo mesmo em serviço para colocar a leitura em dia, e ainda não achei tecnologia melhor para transmitir conhecimento.

Mesmo conhecendo os Ipads e Kindles da vida, ok, são legais e talz, mas ainda assim precisam de uma bateria, livro só precisa de 3 coisas: luz, olhos e conhecimento da linguagem escrita, livro em braile menos ainda. E cheiro de livro é melhor, ponto (argumento de véio chato, hahaha).

Sei que tem os que reclamam das leituras do pessoal de hoje em dia, mas sinceramente, acho melhor alguma leitura que nenhuma. Eu li a trilogia do Senhor dos Anéis, legalzinho, tentei ler inteiro a saga de Harry Potter mas tive preguiça, e ainda não conheço nada da saga Crepúsculo. Tudo bem que legal seria um bom Saramago, ou coisa similar, mas acho que livro é como alimento: procure ser saudável nas escolhas, mas uma porcariazinha de vez em quando ajuda a passar a vida, como um x-bacon (hmmmmmm, bacon.....).

E se a menina ou menino conseguiu seguir inteiro um catatau de 500 páginas de um livro Crepúsculo da vida, pode rolar de no futuro ler outra coisa, manter a esperança é uma boa...

Um dos livros que gostei nestes tempos de castigo no cercadinho da recepção foi o Conspirações, do Edson Aran. Simples, dividido por ordem alfabética, muito bem humorado, fala das trocentas teorias de conspiração que recebemos quase todo dia em mails ou outras por aí (Amazônia internacionalizada, saca?). Acho que deve ter alguma sendo bolada neste momento, hehehe... Fica a dica de leitura, ah, uma coisa interessante que descobri: se você ficar na espera de algum lugar (banco, coisa assim) que não tem fila, é por senha e pra ficar sentado na espera, pegue um livro pra ler. Virão pelo menos dois funcionários perguntando se você já foi atendido, se ficar fazendo cara de espera ninguém aparece, se você estiver fazendo algo que está gostando com certeza alguém te interrompe, deve ter regra interna nos bancos impedindo clientes de ficarem bem dentro da agência, hahahaha....(brincadeira).

Mas voltando ao livro Conspirações, uma coisa que tem muito em teorias de conspiração é que extraterrestres estão entre nós tramando contra a humanidade. Sou cético. Primeiro que ETs não precisam conspirar contra o ser humano, somos bons em detonar o que tem na nossa frente, outra coisa é a prova real. Ok que a vida é estatisticamente fácil de acontecer no universo, por ter bilhões vezes bilhões de lugares propícios, mas se fosse realmente fácil a criação da vida, teríamos mais umas 3 ou 4 “Terras” neste nosso sisteminha solar.

Claro que muito provavelmente pela probabilidade teremos mais que um sistema de vida em outro planeta, mas a probabilidade é gigantescamente pequena para ser tão fácil aparecerem discos voadores toda hora, tudo bem que é uma visão meio chatonilda, mas eu não acredito mais em papai noel e superei bem este trauma, crescimento é assim, meio chato, mas necessário. Isso aí, até outro dia.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

A banda mais bonita, odiadores profissionais, recepção....


Eu sei, eu sei, este começo de blog que faço é totalmente desnecessário por ser uma piadinha bem sem graça antes dos temas propriamente descritos no título, mas o blog é meu poxa, me deixa ter esta palhaçadinha, hahaha...

Bom, vamos falar da “A Banda Mais Bonita da Cidade”. É leitor, eu fui conferir, não posso ver novidade de net que saio clicando. MPB, ok, banda alegrinha fazendo clipe fofolete, ok, não achei ruim, juro. Mas, vamos explicar, tem de além do clipe “Oração” fazer uma certa busca nos outros trabalhos da banda, e ver que tem coisa interessante lá. Senti o mesmo quando rolou “Ana Júlia” dos Los Hermanos. De começo fiquei “afe, banda com musiquinha alegrinha...”, mas dando uma buscada nas outras músicas, o conceito é totalmente diferente, não gosto muito, mas vê-se uma real intenção artística.

E a diferença entre uma banda ou músico com intenção artística e outros com nada para oferecer você vê na hora, por exemplo os funks que são um completo abismo criativo, que nem podem ser inovadores no próprio meio, apesar que MPB enroladora, que parece ser algo criativo mas na verdade é encheção de linguiça de universitário que se acha o novo Chico Buarque também é ruim pra caraleo.

Mas enfim, temos dois fenômenos recentes da net em matéria musical, uma é a “A banda...”, outra é a Rebecca Black com “Friday”, fico com o produto nacional apesar dos altos impostos, hehehe... E tudo bem que a musiquinha “Oração” gruda desgraçadamente na cabeça, mas já tive músicas piores fazendo loop no meu cérebro, e não vou falar delas para que você não sofra, afinal é começar a letra deste tipo de música para ela grudar por horas, sou um cara legal apesar de tudo. E qualquer coisa se grudar alguma música dá uma olhada no comercial “Eduardo e Mônica” da Vivo no Youtube, é propaganda, mas é legal.

Sobre caras legais e caras que precisam de intervenção involuntária, estava lembrando do que a gente vê em comentários por aí, vi alguns nos clipes do Youtube. E tem dias que realmente considero a humanidade um erro. Como tem pessoa “dodói da cabeça” no mundo, dá para fazer uma tese sobre os odiadores da internet.

Claro que antes da net já existia este povo que gosta de escrever coisas sensíveis em caps lock como “espero que você e sua família morram de hemorragia interna num acidente de carro...”, mas o anonimato ajuda gente assim a seguir a nobre arte de ser o mais destrutivo e com as opiniões mais absurdamente doentes possíveis. Lamenta-se, procura-se não responder e deixar o pobrezinho lá espumando, uma hora ele vai procurar ajuda profissional, espero... Mas realmente um cara falaria o mesmo no mundo real? Acho que não, existe uma coisa chamada instinto de preservação, só quem está ou com uma arma ou com um mandato eletivo pode soltar algumas coisas absurdas no mundo real quase impunemente, creio eu (brincadeira).

E estou fazendo menos postagens porque um dos funcionários da Casa de Leis entrou em férias e estou ajudando na recepção. Mesmo eu sendo um tímido fora do expediente, tenho de ser extrovertido nestas horas, é bom até, ficar só lidando com papel e números deixa a gente meio com um pouco de raiva de ver ser humano, brincando, ainda não estou “dodói da cabeça”, hahahahah.....até um dia desses.

sábado, 4 de junho de 2011

Trânsito, coisas da internê...

E aqui vamos nós, seguindo com le blogue por mais um tempo, muito tempo ocioso dá nisso, procure trabalhar que não virará um blogueiro, prometo, hahaha (brincadeira).

A imprensa nos últimos dias fez a cobertura da greve de parte dos funcionários de transportes públicos de Sampa e deu no que deu, aquelas imagens de helicóptero do pessoal se aglomerando nas estações, entrevistas ao vivo de quem está “desde as 4 da manhã aqui na estação, tenho de pegar mais 2 ônibus para chegar no serviço....”, estatísticas de tantos milhões de pessoas prejudicadas por causa da greve, e por aí vai. Uma coisa impressionante: cerca de 5,5 milhões de pessoas se locomovem por transporte público em São Paulo dos bairros para o centro diariamente.

Gente, é coisa de doido fazer tudo isso de gente ter de ir ao de um ponto para outro ao mesmo tempo, as cidades erraram feio a mão durante o crescimento, claro que ia dar mérdia enfiar um país inteiro de pessoas em ônibus e trens duas vezes por dia. A solução sinceramente não sei, mas dá pra ver que é um erro, e fazer estradas e ruas para atochar mais carros particulares é pior ainda.

Eu vou para o serviço a pé na distância de quatro quarteirões, se esqueci alguma coisa de casa posso ir pegar e volto ao batente em 5 minutos contados (paulistanos enfiados nos carros, morrei de inveja, hahahaha), mas sou um caso raro, como coloquei em postagem anterior, cidade pequena é terrível para encontrar emprego, a maioria dos meus conhecidos foram ou estão em cidades maiores para arranjar trabalho.

Creio que internet seria uma boa coisa para ajudar a descentralizar os pontos de emprego, tendo conexão e um notebook uma pessoa pode enviar seu trabalho de qualquer lugar do mundo, mas as leis que garantem uma forma digna de trabalho para os free lancers ainda é muito fraca e empresa ainda tem na cabeça que o cara precisa estar entocado no escritório para trabalhar, mesmo que seja pra ficar coçando na real.

Lembrando de internet, estava dando umas navegadas inúteis e achei coisas bestas que tomarão muito do seu tempo, por isso neste serviço de inutilidade pública gostaria de dividir meu ócio com vocês, hehehe...

O primeiro é o memebase (http://memebase.com/), central dos memes da internet, se quiser mais informações sobre meme dá uma googlada que tu acha, a base de criação dos memes de internet costuma ser do pessoal com probleminhas de cabeça do 4chan, mas recomendo não entrar no 4chan se você tiver menos de 18 (menino, larga de pesquisar...É falar que é para maiores de 18 que moleque vai direto em cima...).

Outro negócio bom para fazer nada é o slogan maker (http://www.sloganmaker.com/), qualquer besteira que colocar lá vira um slogan em inglês, consegui uns para o blog: “bomvamosla good to forget”; “bomvamosla a part of your dream”; “bomvamosla - the natural way”; “bomvamosla is unbeliveble”; “bomvamosla is the door to success” (pqp....hahahahah).

E uma terceira coisa da net que dá para ver é annabee (http://annabee.com.br/), uma pessoa virtual com uma vida virtual mais movimentada que de muita gente real, a parte visual é linda, para os que curtem grafismos é prato cheio, ela faz parte de uma banda virtual (estilo Gorillaz, lembra?), o som é do estilo eletrônico, achei mais ou menos, mas pra quem gosta vai lá e depois me conta. Bom, estou indo nessa, até outro dia.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Fim do mundo, frio.... (mau humor de segundosa, eu sei....)



Depois de um breve momento lírico devidamente preso em regime carcerário diferenciado voltamos para a programação normal do blogueiro aqui cometendo bestagens escritas.

O mundo era pra acabar dia 21 de maio. Pois é, não aconteceu, eu acho, e eu tenho de pagar o boleto mesmo, droga. Esta história de fim do mundo surgiu pra variar de um distinto senhor gringo pregador de uma igreja (não Fábio, era um funileiro de Itaquera, ¬¬....), que depois de dar umas lidas na Bíblia, bateu umas contas na calculadora e chamou o pessoal:

Pregador – Galera, tenho duas notícias, uma boa e uma ruim. A ruim: o mundo acaba dia 21 de maio, a boa é que vai cair no sábado.

Agora ele avisou que deu um erro (maledeto Excel) e o evento “fim do mundo” ficou programado para 21 de outubro. Bom, isso elimina algumas contas minhas, pense sempre positivo, não é isso que ficam dizendo nos livros de auto-ajuda?

Mas falando semi-seriamente, uma hora o mundo acaba, pelo menos para nós meros mortais, e não tem data certa, espero. Deixar muitas coisas para outros dias apenas porque “ah, tenho tempo para isso” pode ser uma armadilha das grandes. Claro que não é para sair feito maníaco realizando trocentas coisas em uma semana, mas uma ou outra coisa que estava com vontade de fazer você realizar durante a semana é legal, recomendo, só não vai fazer um troço ilegal/imoral/engordativo e depois dizer que fui eu que disse pra fazer, não sou responsável pela burrice de ninguém, já tenho a minha burrice particular e está de bom tamanho.

E outro assunto em pauta aqui neste confessionário (e aí guerreiros desta nave louca?!) que eu estava para falar escrever seria o frio. Sim, não gosto, odeio mesmo. Mas vamos ser racionais: o frio simplesmente não foi feito para o ser humano moderno, homo sapiens para os íntimos. Não temos uma capa de gordura (sem piadas de gordos, por favor) ou cobertura de pêlos (sem piadas de Tony Ramos, favor) para agüentar mais que 30 minutos pelado (a) em um frio de 10 graus Celsius, e não faça este teste, deve doer muito e pode dar gangrena em alguma parte do corpo que você gosta ou que alguém gosta. Enfim, frio mata e um humano gostar do frio seria o mesmo que um passarinho dizer (em passarinhês, presumo) que adora gatos e que eles são fofos. Deve ter sobrado poucos passarinhos assim, presumo também (estou presumitivo hoje, seja lá o que esta palavra signifique hahaha). Hoje saiu curtinho, perdão, dedos congelam no teclado, um teclado com aquecimento eu compraria, ah, o mouse também.... Bom, até outro dia.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Tão Longe…..


Há algo estranho quando começa a se olhar uma janela às três da tarde. Em algum lugar, outro par de olhos grandes e lindos somente procura ver o que está dentro de um pensamento. Há um amor distante, e ele é visto às três da tarde de um dia de trabalho.

Uma canção retribui o pensamento, e passo a pensar em tantas vezes, de tantos lugares, em que amores longes ficaram se imaginando na curta distância que o carinho exige como regra.

Num distante dia, um homem em navio enfrentando este bicho escuro e ronronante que golpeava o barco com ondas de espuma cinzenta, deixou um pouco os eternos trabalhos e olhou, e este olhar levava para uma terra clara e granulosa, onde outros olhos claros e angulosos o vigiavam com o pensar.

E assim carrego estas distâncias como um espelho infinito de amores longes que nascem, crescem e nunca perecem, sendo o homem o mesmo desde antes de o homem ser o que é, com gerações perdendo o olhar para outros olhares, sem um fim definido pelo horizonte.

Segue portanto a tristeza imemorial de saber amar distante, a sede tão grande da pele, que pede lembrar ou conhecer o toque esperado, sonhado, e por tantas vezes e com tantas razões adiado pela roda do mundo girando e apertando firme as vontades embaixo das janelas, em momentos que acontecem às três da tarde.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Serviço de escritório, livros para comprar.....


Já devo estar na quarta ou quinta postagem aqui, ressuscitando o vício (ou dependência) de escrever bestagens e nem ao menos postei aonde eu vou para ganhar dinheiro no fim do mês... Calma, não é nada ilegal tampouco imoral, só tem o problema de engordar, hehehe....

Eu passei em um concurso (ihu) e trabalho como auxiliar administrativo na câmara municipal de minha cidade desde junho do ano passado. Bom, aqui fui escalado para ajudar a parte contábil e de arquivos da "excelsa Casa de Leis" (é assim que se fala aqui, seria o “Edilês”, dá uma googlada em “edil”). Como eu postei antes, não sou bom em matemática, mas sei lidar com contas. “Mascomoassim”? Explico-me: a parte teórica da matemática, fórmula de Báskara, trigonometria, teorema de Gauss (wtf?!) e coisas assim tenho uma leve lembrança infeliz nos tempos de escola, mas cuidar de parte financeira é mais controle de arquivos de gastos e recebimentos do que fazer a+b²=c-y³ (inventei agora este trem aí). E cuido da gravação das sessões, transformando tudo em mp3, transcrevendo discursos para registro em ata e também faço o registro com fotos de algum evento, ou umas matérias que envio para os jornais da cidade vizinha caso tenha um vereador no meio que queira enviar material para eles.

E faço o levantamento e registro do patrimonial daqui, traduzindo, as coisas de uso permanente de uma empresa pública devem ser registradas em fichas e com placas de identificação nelas, demonstrando que custaram tanto, estão no local tal, foram adquiridas no ano tal e foram compradas conforme uma nota de empenho tal que tem também a nota fiscal da mesma. E passo a limpo os registros de viagens dos carros da câmara, conferindo quilometragem, se a data indicada no documento bate com o pedido de viagem, estas coisas, fora um ou outro pepino pra resolver (sempre tem).

Chato né? Mas se não tiver estes controles, abre-se brechas para a corrupção, portanto tenho de fazer minha parte e buena, e também me pagam pra isso. Eu não gostaria de ficar coçando no cargo, acharia feio fazer algo que sempre fui contra, do “corpo mole” que já vi o funcionalismo público cometer quando eu estava com o jornalzinho local (menos Fábio, guarda a boina do Che...).

O problema de empregos assim é o enorme tempo que você fica na frente de um computador, sentado, tomando café. Lendo assim parece maravilha, mas o corpo vai engordando e travando, e eu sigo o mantra do mestre Jedi Drauzio Varella, o corpo humano não foi feito para ficar parado, temos braços, pernas e articulações para usar, estou correndo pra fazer uma inscrição em uma “acadchimhia” e largar mão de virar um panda, hehehe...

E outra coisa que resolvi fazer foi voltar aos sites que vendem livros. Eu confesso: andei meio sem leitura por uns tempos. Passei boa parte da minha vida atochado dentro de uma sala de aula, e um pouco de cansaço se instalou. Qualquer coisa eu usava a desculpinha “ah, eu moro longe de tudo, não tem banca de jornal, não tem livraria....”, mas, se eu posso entrar em contato com gente do outro lado do mundo com a net e passar horas em joguinhos, custa dar uma passadinha em uma loja virtual e comprar uns livros? Momento autopunição on, hehehe... Mas é uma boa, recomendo, falando em livros, dá uma procurada em Douglas Adams, dia 25 de maio é o #diadatoalha no twitter justamente por causa de um livro dele, muito apreciado pela cultura nerd, ah, dia 25 também é dia do orgulho nerd (viva nozes, hahaha)...Até um dia desses.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O Paul no Brasil e porque se montam bandas (é, tô sem assunto).....


E segue o vício do escriba aqui que vos escreve... Como dito em postagens anteriores, é um vício solitário este de sair escrevendo, deve ter um B.A. (blogueiros anônimos) em algum lugar, se eu achar eu aviso aqui e saio desta vida, hehehe...

Teve show do Paul McCartney no Brasil. Edaí.com.br? Eu mesmo não era muito ligado em Beatles, confesso perante o tribunal anônimo internético. Sei que sempre tem os xiitas de banda que vão falar “Mas Os Beatles São Semi-Deuses!!!”. Legal, mas não era tão ligado, achava legalzinho e só (agora podem abaixar as tochas, por favor). Mas apareceu uma mensagem que o show seria transmitido ao vivo na net, era domingo de noite, eu moro longe pra caramba de tudo, a depressão pós-Fantástico já estava se instalando, e era de graça, oras...

Sinceridade, aquilo que é show. Sir Paul quase 3 horas ali, firme e forte no palco, com sequências de músicas ótimas, principalmente as dos Beatles, e com disposição de garoto. Já vi shows de caras que pareciam que estavam em palco fazendo um servicinho, só faltava a máquina de bater o cartão de ponto do lado, como nos desenhos animados.... É, paguei pau pro Macca, mas o cara merece. Qualquer coisa vai ao site da Terra e veja os vídeos do show, estão bons pra caramba.

Puxando o assunto, fiquei lembrando de bandas, principalmente bandas de rock, mas rock mesmo, viu menina? Aquela bandinha que tu acha que é de rock, na verdade é uma boy band que usa instrumentos musicais e pedal de distorção (e muito Auto-Tune pra consertar a voz). Mas sobre as bandas, sempre tem alguém, em algum lugar, com a ideia meio besta de montar uma banda. E se a maioria das músicas fala de um cara meio “loser” na vida, é que banda costuma ser formada pelos caras que não eram bons em esporte e também não são lá estas coisas com computadores (tem exceções, falta eu lembrar de alguma)... E então compraram instrumentos e ficavam em casa ensaiando feito doido. Isto costuma funcionar no futuro, quando a banda dá certo e o pessoal consegue fãs pra dar uns amassos.

Fato da vida: a grande maioria das bandas que não são a banda da igreja é formada com o intuito de serem interessantes para o sexo oposto (ou não, pode ser mesmo sexo, hoje em dia...). Depois numa entrevista o pessoal da banda pode falar que era para “expressar sua opinião contrária ao sistema cruel e desumano, blábláblá.....”, mas de começo o mote para montar banda é: “ah, vai rolar mulé”. Em tempo: participo esporadicamente de uma banda, e justamente por ser ruim de bola e também por eu ser feio, hahahaha....... brincadeira, #ounão...

Eu ia achar mais algum tema pra jogar aqui, mas lembrei que uma leitora (!?!?!) daqui do blog me disse que eu escrevo demais. Êeeeee, o primeiro comentário para o “brogue”, agora só falta ter gente que me odeie do nada (pesquise troll no Google) pra ter vontade de escrever mais, hahahahaah.... Até um dia desses.